Olhai por nós – Apresentado por Valdez Cardel, em 2006. Romance que mescla os gêneros policial e social. Inicia-se com o “achado” forjado da imagem de Nossa Senhora. O “achado” da Mãe de Jesus acaba fugindo ao controle dos estudantes que o planejaram e, por chegar até à devoção popular, acaba movendo o interesse escuso de um delegado corrupto da Polícia Federal, que, controlando o tráfico de drogas de dentro do órgão que o deveria reprimir, vê no “achado” uma possibilidade ímpar de transformá-lo numa mega máquina de fabricar dinheiro. Como o delegado Mateus já era um dos dirigentes da Igreja Global do Evangelho Único de Jesus, da qual se torna dissidente e funda a Igreja Mundial da Sagrada Família, reedita o antigo encontro entre a Mãe de Jesus e o Espírito Santo. A mistura perigosa traz um crime descortinando a narrativa e um assassino sendo desvendado no final, com a surpresa de que o cenário não é o tradicional londrino ou nova-iorquino, mas amazônico.
Memórias quase póstumas de um ex-torturador – Prefaciado por Juruema Bastos, foi vencedor do Prêmio Instituto de Artes do Pará de Literatura-2006. Ao completar os seus oitenta e seis anos, o personagem-narrador Pedro, que foi torturador oficial nas ditaduras Vargas e Militar, recebe a inusitada visita de “Deus” e do “Diabo”, para o “acerto de contas”. Na companhia das duas “divindades”, enquanto Emilia Maria, sua esposa, rega as plantas em torno da casa, Pedro faz uma viagem à sua infância, onde se vê, antes de fugir de casa, submisso à violência do pai. Inconformado com a morte da mulher durante o parto que trouxe Pedro ao mundo, o pai o passa a surrar com freqüência e o tenta registrar no cartório com o nome de Mata-Mãe. Saindo de casa, no tempo presente, em companhia de Deus e do Diabo, ao mesmo tempo em que caminha contra a sua vontade ao cemitério, Pedro dá continuidade à narrativa, passando pela casa do português que o criou e nas dependências do DOPS, onde exerceu suas atividades de torturador. A ida involuntária ao cemitério vem explicar, entre outros, o porquê do uso contínuo do lenço de seda em torno do pescoço por Emília Maria, bem como sua obsessão por regar as plantas em volta da casa.
As cartas anônimas de Robledo – Prefaciado por Carla Fagundes, teve seu lançamento em 2008. Robledo, que é citado em Memórias quase póstumas de um ex-torturador por ser aquele que, por morte, deixa o lugar de chefe no DOPS para o torturador Pedro, tem o hábito pouco peculiar de escrever cartas anônimas e introduzi-las por baixo das portas alheias. Por essa razão – diz o livro em sua abertura -, irá morrer de bala transpassado. Robledo morrerá precocemente – ele próprio tem certeza disso -, não obstante, em sua curta passagem por esse mundo, irá interferir visceralmente no destino dos que o cercam. Será assim com o da tia Agripina, que o criou após a morte dos pais. Será assim com o irmão de criação Aderbal. Menos diferente não será o destino dos que lhe são vizinhos, inclusive Rosalba Antonieta, por quem ele jurará amor. Todos são vítimas da mira cruel da caneta de Robledo, até a prostituta Lola com as suas “funcionárias”, no entanto, a cair sob maior martírio, estão o padre Celestino e a irmã Assunção, cujo relacionamento amoroso é alvo da chantagem do ainda seminarista e inventor – segundo ele próprio em seu epitáfio – de um “gênero literário, dramático por excelência, cujo personagem maior é o próprio leitor e cuja obra culmina irremediavelmente com o fim do próprio autor”.
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